Hospital Regional: mulher denuncia procedimento sem anestesia após complicações em gestação
Michele Martins segue internada e família pede justiça após drenagem sem uso de anestesia
Uma mulher, de 41 anos, denunciou ter sido submetida a um procedimento sem anestesia após complicações na gestação. Michelle Martins descobriu a gravidez com seis semanas e precisou ser operada no Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), em Patos de Minas.
Segundo o marido, Armando Rocha, a esposa começou a sentir fortes dores e foi ao Hospital Santa Casa de Misericórdia, onde veio o diagnóstico: a gestação não estava evoluindo no útero, mas nas trompas. O caso exigia cirurgia imediata para evitar riscos.
Diante disso, a mulher foi encaminhada para o Hospital Regional, onde passou por uma cirurgia para a retirada da gestação. O procedimento foi realizado, mas, conforme a família, ela continuou sentindo dores intensas e reclamava de incômodo no local da cirurgia.
“Ela passou mal no Regional, sangrou uns dois dias e uma noite. Eles não atendiam e eu falei com eles para ver o que podiam fazer, aí fizeram um ultrassom. Depois foram para o bloco cirúrgico, fizeram a cirurgia e mandaram para casa”, contou o marido.
Drenagem
As dores pioraram e, na última sexta-feira (17), Michele precisou ser internada novamente. Na segunda-feira (20), os médicos fizeram uma drenagem para retirar o líquido acumulado no local da operação. A denúncia é de que o procedimento teria sido feito sem anestesia.
“Eles pegaram a barriga dela e furaram na bruta, sem anestesia, eles agiram como se estivessem mexendo com um animal, mas nem com animal se faz isso. Ela me ligou dizendo que a médica falou que ela não podia ficar chorando”, disse Armando.
Atualmente, Michelle segue internada, recebendo uma medicação intravenosa que não é vendida em farmácias. A principal queixa da família é em relação ao atendimento e à forma como o procedimento foi conduzido. Além disso, pediram que o caso seja apurado.
“A situação é bem difícil, ela não melhora, cada dia falam que é alguma coisa e não resolvem. Eu quero justiça sobre isso”, ressaltou o companheiro.
A NTV entrou em contato com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) para saber o posicionamento da instituição em relação à denúncia e aguarda resposta.
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